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07 outubro, 2016

Estação de São Bento vai ter centro comercial, hostel e Starbucks

A novidade foi comunicada hoje durante a apresentação do plano de renovação deste espaço. A centenária estação volta assim a ganhar nova vida e funções.

 

 

Durante a cerimónia do centenário da Estação de São Bento, esta tarde, foi finalmente revelado o plano de renovação previsto para o espaço envolvente, avança o Jornal de Notícias.

Um hostel, a primeira loja Starbucks do Porto e um mercado Time Out, com 2200 metros quadrados e um leque variado de estabelecimentos comerciais, são as principais apostas.

O investimento privado totalizará cerca de 6,5 milhões de euros.

Segundo foi detalhado na cerimónia, a primeira Starbucks do Porto vai instalar-se junto à entrada da estação.
Já o mercado da Time Out ficará na Rua do Loureiro, onde será possível encontrar uma cafetaria, uma galeria de arte, quatro bares e quinze restaurantes.


A Time Out, que começou por ser uma publicação e se lançou depois noutras áreas de negócios, quer globalizar este conceito e alargá-lo a cidades como Nova Iorque, Miami ou Londres, garantiu fonte oficial, citada pelo mesmo diário. A estratégia coincide com a entrada da empresa em Bolsa.
Quanto ao hostel destina-se sobretudo a estudantes e terá entrada lateral pela Rua da Madeira.

Segundo estimativas da IP, esta revitalização vai gerar 500 postos de trabalho diretos e 1600 indiretos.
A inauguração da nova Estação de São Bento está prevista para o 2º semestre de 2017.

O Ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, que descerrou a placa comemorativa dos 100 anos da estação, acredita que este será "mais um pólo de revitalização da baixa", escreve ainda o JN.



Estações que rimam com milhões

 

De acordo com o estipulado pela IP, ao todo serão 10 estações ferroviárias emblemáticas a ganhar novos espaços comerciais e novas utilizações, que se espera rendam €11 milhões anuais. Gares carismáticas vão deixar de se dedicar em exclusivo à entrada e saída de passageiros e à expedição de mercadorias e apostar em novos negócios que tragam rentabilidade e uma nova dinânima.

A Estação do Rossio e a de Santa Apolónia, em Lisboa, são dois bons exemplos, revelou em Janeiro o presidente da Infraestruturas de Portugal (IP), António Ramalho, ao Jornal Expresso.
"Existe um enorme potencial para estas estações que não tem sido aproveitado", justificou ainda ao semanário.
Para além das três estações já mencionadas, também Entrecampos, Campanhã, Cais do Sodré, Cascais, Oriente, Braga e Coimbra serão alvo de uma profunda remodelação.
A IP prevê  que o potencial de receitas anuais para estas 10 estações seja de 11 milhões de euros.

Portugal segue assim a tendência de vários países europeus de incorporar novas actividades comerciais nas estações ferroviárias mais emblemáticas do país. O turismo é das áreas que mais cobiça a área envolvente destes edifícios, normalmente estrategicamente localizados, de rara beleza e com um património histórico inegável.



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