in Jornal de Negócios 04.04.2011 por Alexandra Noronha
O relatório da troika, de acordo com o que está consagrado nos dois documentos já entregues aos partidos e assinado pelo Governo, impõe uma subida dos preços do transporte ferroviário acompanhada por uma avaliação da performance das empresas.
Ou seja, a flutuação dos preços estará indexada a esta avaliação, segundo o documento, que prevê várias medidas para o sector, um dos que mais contribuem para agravar as contas do Estado.
No caso dos transportes ferroviários, o documento adianta ainda que os sector terá que levar a cabo um concurso para operadores que prestem serviços públicos, o que indicia a entrada de mais privados naquele que é neste momento um segmento quase só operado pela CP. A empresa poderá vir a perder serviços desta forma se não apresentar uma alternativa competitiva.
Além disso, o relatório afirma que é necessária a independência da CP face ao Estado, sendo que não detalha esta medida que pode passar por uma privatização. A alienação só é admitida no segmento da carga.
O transporte ferroviário terá ainda que ter contratos no mínimo a três anos com o gestor da infra-estrutura (Refer) e com o Estado com necessidades concretas de financiamento e balanço entre custos e receitas.
O gestor das infra-estruturas ferroviárias terá ainda que racionalizar actividade e reduzir custos.
Quanto ao sector dos transportes no geral, o documento impõe um estudo alargado do uso dos transportes e projecções para o futuro e a integração entre os diferentes modos (portos, aeroportos e ferrovias), bem como atrair a entrada de mais low cost em Portugal, com a infra-estruturas que já existem.
O documento estabelece ainda que terão que ser estabelecidas uma série de prioridades para o futuro, incluindo as necessidades de financiamento e as poupanças de energia.
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04 maio, 2011
Preço dos comboios vai subir
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