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07 setembro, 2016

Metro do Mondego, desbloqueado em Janeiro de 2017?


Ontem decorreu a assembleia geral da Metro do Mondego onde esteve presente o representante do accionista Estado. No final um documento emitido pelo Governo tinha o sugestivo título "Governo desbloqueia sistema de mobilidade do Mondego" e referia-se ao estudo já encomendado ao Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC). Os elementos relativos a este estudo deverão ser apresentados até final de janeiro de 2017. 

O presidente da Câmara da Lousã, Luís Antunes, sublinhou que a reunião acabou por ser satisfatória, expressando que "Todos nós gostaríamos que hoje já tivéssemos outra situação no terreno. Seria desejável que já hoje existisse um sistema de mobilidade que servisse a região". Manuel Machado, presidente da Câmara de Coimbra afirmou que espera que o estudo permita que as "várias entidades envolvidas fiquem cientes da importância desta operação e reúnam os mecanismos necessários à mobilização dos financiamentos indispensáveis".

Na assembleia geral, foi aprovado um protocolo com a Câmara Municipal de Coimbra, que permite desbloquear "o canal da Baixa" da cidade, para que a autarquia possa avançar com o projeto da via Central. A Metro Mondego já foi criada há 20 anos, com a intenção de criar um metro ligeiro, no ramal ferroviario da Lousã e na Cidade de Coimbra. Já foram feitos 97 estudos e investidos 107 milhões de euros, segundo noticiava a Agência Lusa em Junho de 2016.

Lembramos que, no Ramal da Lousã, em Janeiro de 2010 foi encerrado o tráfego ferroviário para além da estação de Coimbra. Há se passaram seis anos e meio. O transporte de passageiros tem sido assegurado por autocarros. Existe um site da Metro do Mondego. E lá é possível ser redireccionado para um blogue chamado Serviços Rodoviários Alternativos. Lê-se no topo da página: "Este espaço foi criado a propósito dos Serviços Rodoviários Alternativos ao Ramal da Lousã." Quem for à procura do Metro Ligeiro, na região, há seis anos e meio que só encontra autocarros.

É compreensível, depois de tanto dinheiro investido que não foi suficiente para ter um prazo para a obra ser conluída, depois de tantos estudos e promessas, que as populações mantenham alguma reserva. Em Janeiro do próximo ano, estaremos atentos às conclusões apontadas. Não faz sentido uma população ser privada de uma infraestrutura que funcionava, com a promessa de uma alternativa que passados 6 anos, ainda está a ser estudada.