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31 outubro, 2016

CP: Presidente desvaloriza desinvestimentos


Manuel Queiró afirma que o transporte de passageiros é o negócio principal da ferroviária nacional e desvaloriza algumas das questões que mais polémica têm causado.



De Lisboa para Sul quase não
existe Serviço Regional/ Urbano.
 Litoral algarvio é excepção.
Entrevistado pelo Jornal de Notícias, o Presidente da CP, Manuel Queiró falou do encerramento de várias linhas, da Linha do Douro, da solução encontrada para a CP Carga e da sustentabilidade da empresa.

Em relação às negociações que estão a decorrer operadores turísticos do Douro, garante que "está para breve o anúncio de uma solução para as necessidades dos operadores turísticos do Douro e para a política de inovação da CP". O administrador prometeu que serão anunciadas novidades "ainda este ano", fruto do esforço "para aumentar a disponibilidade na linha do Douro".
"Para o ano a notícia não serão problemas, mas o aumento significativo da utilização combinada dos barcos e dos comboios", garantiu à mesma fonte.

Quando a questão é o encerramento de linhas, o Presidente da CP não hesita: "Uma rede ferroviária alargada a todo o território é uma obrigação do Estado, é necessária para uma mobilidade sustentável. Fui contrário ao encerramento de linhas". E exemplifica: "A CP trabalhou nesse sentido nas linhas do Oeste e do Vouga, que não vão fechar".

Já em relação à privatização da CP Carga, Manuel Queiró desdramatiza: "O transporte de mercadorias foi liberalizado há 20 anos na Europa. Faltava Portugal". Escusa comentar decisões do Governo e afirma: "O nosso core é o transporte de passageiros".

Quando o tema é a sustentabilidade da empresa, o Presidente relativiza: "O importante é o peso dos proveitos próprios no orçamento e sair do perímetro de consolidação da dívida pública para recuperar autonomia de gestão, em 2018, ou pouco depois. Este ano, a dívida histórica deve rondar os 3 mil milhões de euros".