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29 agosto, 2016

Menos 29 mil passageiros na Linha do Douro até final de Setembro

 
Passados anos de dificuldades de convívio, os operadores turísticos do Douro acabaram mesmo por prescindir do serviço da CP. Já em 2012 o empresário Mário Ferreira da Douro Azul se queixava da transportadora ferroviária. É revelador que passados estes anos o empresário tenha optado por comprar uma concessão em que irá explorar o seu próprio serviço ferroviário turístico quando há 4 anos tinha acabado com os cruzeiros diários, retirando de uma assentada milhares de passageiros à CP e queixando-se da incapacidade da CP de dar resposta aos picos de procura e afirmando que a imagem que a transportadora dava aos clientes era péssima.

Desta feita, é Matilde Costa, da Barcadouro que faz contas e afirma que os irá recorrer a 600 autocarros para o transporte de passageiros até o final de Setembro, o que corresponde a cerca de 29 mil passageiros que a CP irá perder.

A CP fez as suas próprias apostas no turismo do Douro e os empresários do sector e a empresa pública nunca conseguiram um entendimento que se traduzisse no melhoramento do serviço ferroviário. Em 2004, a transportadora ferroviária portuguesa investiu um milhão de euros para criar com algumas carruagens Schindler o Comboio do Vinho do Porto. Passados três anos, a composição foi encostada e encontra-se neste momento a degradar-se em Contimul, juntamente com outras composições, no que parece um cemitério ferroviário. Segundo o Público, o econoista Diogo Castro em 2014 afirmou que esta composição poderia ser recuperada com fundos comunitários, algo que a CP nunca fez.