Exmo Sr. Presidente da CP, Eng. Cardoso Reis,
Exma Sr. Directora dos Urbanos do Porto, Dra Otilia Queiroz,
Exmo. Director de Informação do Porto Canal,
Enquanto dirigentes da associação ComboiosXXI e utentes do serviço urbano da CP Porto estamos verdadeiramente indignados com posição tomada pela Dr.a Eduarda Loureiro (na qualidade de porta-voz da CP Porto), numa entrevista televisiva recente ao Porto Canal (ver link em anexo).
http://www.youtube.com/watch?v=wh_D38DhX3c
A Dra. Eduarda Loureiro ao afirmar que a CP tem "um procedimento normal e correcto" para estas situações, não só deixa a ideia que - nós, ComboiosXXI - estamos a faltar à verdade, como afirma convictamente que o tal plano de emergência - que há largos meses temos vindo a reivindicar (LER TEXTO) - existe, e é posto em práctica.
Ora, quem - como nós - já assistiu a várias situações de emergência sabe que nem os revisores, nem os maquinistas, conhecem qualquer protocolo de actuação, salvo pararem o comboio e ligarem para o 112; o que pode ser confirmado pelo testemunho dos revisores.
A questão que se coloca é que, se existisse, de facto, um esforço mínimo de entendimento entre a CP e o INEM/CODU, os funcionários da CP saberiam exactamente o que fazer em caso de emergência, porque estariam estabelecidas as situações mais adequadas para deter a marcha dos comboios, ou pelo contrário aquelas em que seria mais indicado avançar para a estação seguinte (articulando com o socorro médico). Portanto, não dependeriam como dá a perceber a Dra. Eduarda Loureiro, da informação do momento.
Além disso, se tal plano existe, estamos certos que os maquinistas usariam o sistema sonoro das composições para solicitarem auxílio especializado, coisa que não fazem mesmo quando solicitado pelos utentes a bordo.
Posto isto, a associação ComboiosXXI:
* exige que a CP Porto venha a público mostrar os protocolos estabelecidos e as normas de procedimento a que estão sujeitos os revisores e maquinistas, sob pena de considerarmos que houve uma mentira descarada - e nesse caso seríamos obrigados a pedir à administração da CP actuasse em conformidade.
* solicita ao Porto Canal o direito ao contraditório face às inexplicáveis declarações acima referidas, prontificando-se a apresentar o testemunho de pessoas que assistiram ao episódio de emergência ocorrido na passada sexta-feira, e que desencadeou esta nossa manifestação - dado ser uma situação recorrente e sem solução à vista.
* irá continuar a desencadear todos os procedimentos que estiverem ao seu alcance com vista a garantir que a defesa dos melhores interesses dos seus associados e utentes dos comboios.
A direcção da ComboiosXXI