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09 novembro, 2009

Carta aberta à CP Porto

Exmo Sr. Presidente da CP, Eng. Cardoso Reis,
Exma Sr. Directora dos Urbanos do Porto, Dra Otilia Queiroz,
Exmo. Director de Informação do Porto Canal,

Enquanto dirigentes da associação ComboiosXXI e utentes do serviço urbano da CP Porto estamos verdadeiramente indignados com posição tomada pela Dr.a Eduarda Loureiro (na qualidade de porta-voz da CP Porto), numa entrevista televisiva recente ao Porto Canal (ver link em anexo).

http://www.youtube.com/watch?v=wh_D38DhX3c

A Dra. Eduarda Loureiro ao afirmar que a CP tem "um procedimento normal e correcto" para estas situações, não só deixa a ideia que - nós, ComboiosXXI - estamos a faltar à verdade, como afirma convictamente que o tal plano de emergência - que há largos meses temos vindo a reivindicar (LER TEXTO) - existe, e é posto em práctica.

Ora, quem - como nós - já assistiu a várias situações de emergência sabe que nem os revisores, nem os maquinistas, conhecem qualquer protocolo de actuação, salvo pararem o comboio e ligarem para o 112; o que pode ser confirmado pelo testemunho dos revisores.

A questão que se coloca é que, se existisse, de facto, um esforço mínimo de entendimento entre a CP e o INEM/CODU, os funcionários da CP saberiam exactamente o que fazer em caso de emergência, porque estariam estabelecidas as situações mais adequadas para deter a marcha dos comboios, ou pelo contrário aquelas em que seria mais indicado avançar para a estação seguinte (articulando com o socorro médico). Portanto, não dependeriam como dá a perceber a Dra. Eduarda Loureiro, da informação do momento.

Além disso, se tal plano existe, estamos certos que os maquinistas usariam o sistema sonoro das composições para solicitarem auxílio especializado, coisa que não fazem mesmo quando solicitado pelos utentes a bordo.

Posto isto, a associação ComboiosXXI:

* exige que a CP Porto venha a público mostrar os protocolos estabelecidos e as normas de procedimento a que estão sujeitos os revisores e maquinistas, sob pena de considerarmos que houve uma mentira descarada - e nesse caso seríamos obrigados a pedir à administração da CP actuasse em conformidade.
* solicita ao Porto Canal o direito ao contraditório face às inexplicáveis declarações acima referidas, prontificando-se a apresentar o testemunho de pessoas que assistiram ao episódio de emergência ocorrido na passada sexta-feira, e que desencadeou esta nossa manifestação - dado ser uma situação recorrente e sem solução à vista.
* irá continuar a desencadear todos os procedimentos que estiverem ao seu alcance com vista a garantir que a defesa dos melhores interesses dos seus associados e utentes dos comboios.

A direcção da ComboiosXXI