
A recente revisão dos horários da linha do Minho, aliada a um conjunto de peripécias que naquela via têm ocorrido ultimamente, trazem de novo à baila fundados receios sobre a sua eventual liquidação a médio prazo.
Com a (agora adiada) inauguração do serviço de velocidade elevada, vulgarmente designado por TGV, entre Porto e Vigo, o principal argumento – a ligação internacional – para a manutenção da linha deixa de existir. Nem o movimento de mercadorias – que não poderá ser realizado na nova infra-estrutura, por esta vir a ter pendentes incompatíveis – não poderá servir de argumento, dada a sua insignificante expressão. O movimento de passageiros, actualmente muito condicionado pelo paupérrimo serviço oferecido, não justificará a manutenção da linha.
Para o actual estado das coisas, ao nível do tráfego de passageiros, muito têm contribuído dois factores: um tempo de percurso excessivamente longo e material circulante a cair de podre.
Os novos horários, entrados em vigor em 07 de Fevereiro, vieram ampliar um tempo já antes excessivo para o percurso entre Viana do Castelo e o Porto. O caso mais gritante é o do comboio 3000, que passou a sair quinze minutos mais cedo de Viana, para chegar à mesma hora a Campanhã; os 15 minutos de antecipação são gastos numa inexplicável espera em Nine. Ora, o que se exigia era que os horários fossem revistos, que as ligações em Nine assegurassem uma coordenação eficaz com os comboios urbanos, de modo a que a viagem se pudesse fazer em pouco mais de uma hora. Nada disso foi feito, antes pelo contrário. Se isso não é um forte contributo para acabar de vez com a linha…
O material circulante é demasiado velho, e circula frequentemente avariado. Sucedem-se as ocorrências em que os passageiros se vêem forçados a transbordos porque a composição em que viajam avaria. E note-se que a CP, do material circulante cuja aquisição está em concurso, para o serviço regional, não tem nas suas previsões uma só automotora para a linha do Minho. Se isso não é prenúncio de morte…
E contudo… e contudo, com a previsível passagem a via paga da A28, o caminho de ferro pode conhecer um significativo impulso: basta que se reduza o tempo de viagem e se coloque ao serviço material circulante novo, ou, enquanto este não chega, material adequadamente recondicionado e regularmente revisto.
Com a (agora adiada) inauguração do serviço de velocidade elevada, vulgarmente designado por TGV, entre Porto e Vigo, o principal argumento – a ligação internacional – para a manutenção da linha deixa de existir. Nem o movimento de mercadorias – que não poderá ser realizado na nova infra-estrutura, por esta vir a ter pendentes incompatíveis – não poderá servir de argumento, dada a sua insignificante expressão. O movimento de passageiros, actualmente muito condicionado pelo paupérrimo serviço oferecido, não justificará a manutenção da linha.
Para o actual estado das coisas, ao nível do tráfego de passageiros, muito têm contribuído dois factores: um tempo de percurso excessivamente longo e material circulante a cair de podre.
Os novos horários, entrados em vigor em 07 de Fevereiro, vieram ampliar um tempo já antes excessivo para o percurso entre Viana do Castelo e o Porto. O caso mais gritante é o do comboio 3000, que passou a sair quinze minutos mais cedo de Viana, para chegar à mesma hora a Campanhã; os 15 minutos de antecipação são gastos numa inexplicável espera em Nine. Ora, o que se exigia era que os horários fossem revistos, que as ligações em Nine assegurassem uma coordenação eficaz com os comboios urbanos, de modo a que a viagem se pudesse fazer em pouco mais de uma hora. Nada disso foi feito, antes pelo contrário. Se isso não é um forte contributo para acabar de vez com a linha…
O material circulante é demasiado velho, e circula frequentemente avariado. Sucedem-se as ocorrências em que os passageiros se vêem forçados a transbordos porque a composição em que viajam avaria. E note-se que a CP, do material circulante cuja aquisição está em concurso, para o serviço regional, não tem nas suas previsões uma só automotora para a linha do Minho. Se isso não é prenúncio de morte…
E contudo… e contudo, com a previsível passagem a via paga da A28, o caminho de ferro pode conhecer um significativo impulso: basta que se reduza o tempo de viagem e se coloque ao serviço material circulante novo, ou, enquanto este não chega, material adequadamente recondicionado e regularmente revisto.