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22 novembro, 2013

Pouca vergonha!

Dois dias depois da deliberação do Tribunal Arbitral, e na véspera útil de mais um período de greve, a CP continua serenamente a tratar do caso como se isso não afectasse a vida de muitos milhares de pessoas: na sua página não é possível encontrar qualquer infirmação sobre os serviços mínimos para dia 26, nem sobre as perturbações esperadas para os dias 25 e 27.
No acórdão do TA, apenas são expressamente indicados os serviços mínimos além dos previstos nos pré-avisos de greve – e estes, como é habitual, estão nos segredos dos deuses: nem no sítio do CES, nem no sítio da DGERT, nem nos sítios dos sindicatos convocantes (SMAQ e SFRCI) há informação disponível.

Os passageiros – que na sua maioria já pagaram as assinaturas mensais – são tratados, uma vez mais, com o maior dos desprezos. Por toda a gente. Mas em especial pela administração da CP, uma entidade pública empresarial monopolista, que por essa razão tem especiais deveres para com os clientes da empresa. Apenas por se tratar de “jobs for boys” é que a inadmissível incompetência daquela gente permanece impune: afinal de contas, o ministro Pires de Lima não vai despedir Manuel Queiró, quadro e antigo deputado do CDS.