SEARCH

14 outubro, 2016

Comboios históricos ganham revista em papel

Chama-se "Trainspotter" a revista que nasceu na web por iniciativa da equipa do Portugal Ferroviário. Em Outubro ganhou uma versão impressa, cuja compra está à distância de um clique.


Depois de seis anos a publicar a versão online da "Trainspotter", de forma gratuita, esta equipa decidiu arriscar uma edição em papel, monotemática e numerada, com artigos mais aprofundados.

Segundo nos revelou João Cunha, a ideia é "assegurar entre 3 a 4 edições anuais, normalmente monotemáticas".

O número 1 da publicação é sobre o comboio presidencial. Conta com 60 páginas a cores, a colaboração de mais de dez autores, e vem numerado.
Desvendar a história da luxuosa "composição que serviu a Presidentes da República e acabou partida e dividida pelo país, antes de ser recuperada" é o foco desta edição.
"Pertença do acervo do Museu Nacional Ferroviário e recuperado através de um projeto que reuniu Museu Nacional Ferroviário e EMEF com fundos europeus da região Centro", o Comboio Presidencial é hoje "a memória viva dos mais selectos e especiais veículos ferroviários portugueses, sendo uma das pérolas da colecção em exposição no interior do Museu, no Entroncamento", pode ler-se ainda no Portugal Ferroviário.

À semelhança do que sucederá com os números seguintes, esta edição está à venda no site da APAC, que fica integralmente com as receitas para aplicar em projetos de preservação ferroviária.
Apesar de estar prevista a impressão de mais exemplares do que os reservados, aconselha-se o leitor a aderir à pré-venda online. Não só a disponibilidade da revista fica assegurada, como consegue um preço especial. O nº1 já não se encontra em pré-venda - custa agora €15 - mas a segunda edição já pode ser reservada, pelo preço de €9,50.
Prevê-se que dê à estampa em Dezembro e será sobre as locomotivas da série 1960 da CP.

Consciente de que tem como público-alvo um nicho de mercado, a equipa da "Trainspotter" tenta assim atrair coleccionistas e outros apaixonados pelos caminhos de ferro portugueses.
O comboio e o seu passado ganha assim mais expressividade na imprensa portuguesa. Pena é que não possamos dizer o mesmo dos problemas que a ferrovia enfrenta na atualidade.