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05 janeiro, 2009

JN: "Utentes dos comboios insatisfeitos"



Utentes dos comboios insatisfeitos

JN, 2008-12-27

MAGALHÃES COSTA

O reforço de comboios na linha Braga-Porto, incluindo aos fins-de-semana e feriados, ainda não agrada à Associação de Utentes dos Comboios de Portugal, considerando que as alterações da CP ainda não satisfazem a procura.

A Associação de Utentes dos Comboios de Portugal, denominada "Comboios XXI", manifesta o seu "descontentamento" pelas alterações em vigor, desde o passado dia 14 deste mês, na linha Braga-Porto. José Pedro, daquela associação, fala em "inexistência" no reforço de viagens rápidas entre aquelas duas cidades, apesar de considerar "parcialmente satisfeita" o reforço de viagens à noite e ao fim-de-semana.

Numa análise às introduções feitas pela CP, a segunda este ano, a "Comboios XXI" regozija-se pela introdução de um comboio diário em cada sentido ao final da noite, mas insurge-se contra o horário do mesmo, já que, segundo José Pedro, "o que sai de Braga às 23.26 horas é demasiado cedo, porque a essa hora ainda decorrerão a maior parte dos eventos culturais".

Por outro lado, o aumento de seis novos comboios aos fins-de-semana e feriados (em cada sentido) é visto pela "Comboios XXI" como satisfatório, uma vez que passa a haver circulações de hora em hora.

No caso do segundo comboio do dia, no sentido Braga-Porto, José Pedro entende que "não satisfaz a procura de utentes", pelo facto do mesmo chegar a S. Bento (Porto) às 9.05 horas. "É um comboio que chega demasiado tarde para quem começa a trabalhar às 9 horas, que assim se vê obrigado a continuar a utilizar o comboio que sai de Braga às 7.30 horas, e a gastar mais de uma hora para percorrer apenas 58 quilómetros", explicou.

Apesar dos novos horários introduzidos pela CP, que vigoram em "regime experimental", segundo apurou o JN junto do Gabinete de Relações Públicas daquele empresa, a "Comboios XXI" reclama a melhoria do material circulante, a conclusão da variante ferroviária da Trofa (onde existe apenas via única) e a construção de via quádrupla no troço Ermesinde-Contumil, visando reduzir o percurso de viagem Braga-Porto.

Com a introdução do comboio Alfa, José Pedro insurge-se contra a eliminação do "inter-cidades", no sentido Porto-Braga, tratando-se, em sua opinião, de uma medida que "prejudicou a população estudantil, pois o preço de bilhete era mais barato".

Outra preocupação prende-se com as actuais condições da Linha do Minho, em especial, no troço a norte de Nine, no que respeita ao serviço ferroviário à cidade de Barcelos. José Pedro considera "miserável" o actual serviço prestado pela CP, pois os utentes "chegam a pagar quase o dobro do bilhete sempre que tenham que fazer o transbordo para um comboio urbano.