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31 janeiro, 2011

Quatro Notícias Positivas

Face aos encerramentos de linhas que se avizinham, temos tido nos últimos dias notícias através da comunicação social que nos dão alguns (pequenos) motivos para estar optimistas e que reforçam a nossa determinação em contribuir para uma ferrovia que melhor sirva o país.

Apesar de dizerem respeito a situações e contextos bastante diferentes importa referir que são resultados reais e palpáveis alcançados pela sociedade civil e pelos seus representantes.
Apesar não terem partido da iniciativa das empresas que gerem a ferrovia em Portugal, houve nalguns casos uma situação de diálogo que permitiu ou permitirá introduzir melhorias no serviço prestado aos cidadãos.

Não há razões para este contacto não existir em todos os casos, uma vez que partilhamos os mesmos objectivos para este meio de transporte que é também património público de todos: uma ferrovia digna, que seja cada vez mais eficiente e conveniente, e que capte cada vez mais passageiros, de acordo com o potencial que sabemos que existe neste meio de transporte.


"Novos horários no Vouga valem mais passageiros"
in Jornal de Notícias 29.01.2011

"Há mais gente a andar de comboio na Linha do Vouga, entre Aveiro e Sernada do Vouga, desde que em Setembro passado os horários foram alterados, uma aposta da CP e da Câmara de Águeda para ir ao encontro das necessidades de estudantes e trabalhadores."

Melhorando o serviço e a sua conveniência conquistam-se utentes- um modo de abordar o problema antes de se partir para a opção de encerrar ou diminuir exageradamente o serviço em muitas linhas.
Está de parabéns a Câmara de Águeda não só por levar a sério o potencial da ferrovia mas também por se envolver directamente na sua melhoria.


"Parlamento recomenda obras na linha ferroviária do Oeste"
in Jornal de Notícias 22.01.2011

"Os diplomas, que surgiram na sequência da entrega no Parlamento de uma petição nesse sentido, dinamizada pelo socialista da Marinha Grande, Henrique Neto, foram apresentados pelo PSD e pelo CDS-PP. 
A maioria parlamentar decidiu  recomendar ao Governo que seja  considerada "prioritária a requalificação da infraestrutura ferroviária da linha do Oeste, no sentido de permitir a circulação de comboios rápidos de passageiros com adequados níveis de frequência, conforto e qualidade, e um serviço de transporte de mercadorias eficiente, potenciador das actividades económicas da região"."

A petição pela linha do oeste, originada na sociedade civil, ultrapassou as divisões (ou uniões) partidárias para  reivindicar a incompreensivelmente adiada intervenção nesta linha, os parabéns aos dinamizadores por esta vitória inicial e pela insistência constante dada ao assunto mesmo face à indiferença inicial.
Esperemos agora que se sigam do mesmo modo as obras prometidas no Corgo, Tâmega, Caíde e Minho.

"Comboios de passageiros devem manter-se no ramal Setil-Vendas Novas"
in Público 28.01.2011


"Já a partir de Março deverão ser introduzidos alguns reajustamentos para reduzir os custos e o elevado défice de exploração. A CP chegou a anunciar a suspensão deste serviço no próximo dia 1 de Fevereiro devido ao escasso número de passageiros e ao atraso no pagamento dos encargos que cabem às autarquias. As câmaras assumiram, entretanto, novos compromissos de pagamento e a CP já admite alterar a sua posição se as autarquias aceitarem a nova proposta de protocolo que lhes remeteu. "


Um dos encerramentos desta semana fica assim sem efeito, com uma ajuda do Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante, propondo a redução excessiva de circulações, uma proposta também para parte da resolução dos problemas que estão no caminho de atingir o potencial da Linha de Leixões.
Nos dois casos importa responsabilizar a maioria das Câmaras envolvidas por não assumirem as suas responsabilidades e compromissos. Ao contrário do que sucedeu em Águeda, ainda não houve nestes casos uma tentativa de aproximar o serviço prestado às populações abrangidas que permitisse contrariar uma perda de utentes. Sem esta reflexão, a reactivação não bastará.

Nasceu a Tod@via, uma associação transfronteiriça pela ferrovia duriense.

Esta associação de dupla nacionalidade pretende fomentar o aproveitamento da ferrovia para o desenvolvimento desta região, sobretudo nos troços de ligação a Espanha via Barca d'Alva.
É importante este crescimento do movimento cívico pela defesa da ferrovia no Douro, que se encontra particularmente ameaçada.