in Público 01.02.2011 por Carlos Cipriano
"A título de exemplo, na Linha do Douro, os quatro comboios diários que vão deixar este ano de circular entre Régua e Pocinho traduzem-se numa ausência de receitas anual para a Refer (e numa correspondente poupança para a CP) de 184.515 euros, dos quais 182.282 euros representam a taxa de uso e 2.233 os direitos de paragem nas estações e apeadeiros.
Mas se isso agrava o défice da Refer (em 2009, teve 113 milhões de euros de prejuízos), alivia por outro lado o da CP (que deverá atingir os 240 milhões negativos em 2010). Ou seja, para o contribuinte é indiferente."
Torna-se óbvio que o esdrúxulo critério de encerramento de serviços, que neste caso tem o efeito perverso de erodir a ocupação do restante trajecto, não tem rigorosamente nada a ver com melhorar o serviço aos utentes (que nem sequer são escutados) nem mesmo em alcançar algum tipo de eficiência orçamental, limitando-se a transferir perdas!
Perdem os utentes.