O Ministério das Finanças acabou de anunciar o PEC IV, com medidas que envolvem profundas alterações no estilo de vida dos portugueses, desta vez mais centradas nos reformados e trabalhadores do sector privado, mas também nos transportes. (síntese do documento aqui)
Face aos níveis recordes de desemprego que coincidem com uma crise de dívida soberana e com uma crise global de combustíveis semelhante à de 2008, factores que concorrem para um peso cada vez maior dos custos de bens essenciais do dia-a-dia, os transportes públicos são cada vez mais importantes para a manutenção da coesão territorial e estabilidade da economia familiar.
Uma ferrovia pública robusta é, pelas suas características, o transporte colectivo mais eficiente e resiliente a estas alterações na nossa sociedade mas não bastam as suas qualidade intrínsecas se não existir uma qualidade e conveniência de serviço que permita realçá-las.
É preciso então investir na ferrovia, para que possa ser um substituto eficaz.
Como dizem os números impressionantes editados ontem, com aumentos significativos nas frequências dos serviços urbanos, os portugueses querem que assim seja.
O troço do PEC IV dedicado aos transportes:
"2 – Prosseguir a Agenda de Reformas Estruturais
Transportes: eficiência do sistema contribuindo para poupanças
energéticas e para a logística necessária para o crescimento de
exportações. Plano Estratégico com implementação prevista para Abril:
• Racionalização da rede de transportes
• Promoção da eficiência energética e redução dos impactos ambientais do
sector
• Melhoria do contributo do sector para a competitividade da economia
• Garantir sustentabilidade financeira das empresas"
Aguardamos com atenção os detalhes destas reformas.