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14 julho, 2011

Remediar a obsolescência e o desinvestimento em Cascais

@Jornal da Região


Com a eliminação de frequências numa linha urbana que faz mais de 30 milhões de viagens por ano já não são só as linhas do interior do país a sofrer com o desinvestimento crónico no transporte ferroviário.

Esta redução de serviços, já abordada por uma petição criada por utentes (na barra ao lado), deve-se sobretudo a três questões: a linha de Cascais foi electrificada, em 1926, a uma voltagem diferente (1,5 kV) da restante rede CP (25 kV) a partir de 1956, gerando problemas de compatibilidade e exigindo tipos de veículos diferentes; foram também cancelados, por duas vezes, os concursos para a aquisição novos veículos, eventualmente bi-tensão e, portanto, compatíveis com o resto da rede; por outro lado, não está agendada a desejada modernização da infraestrutura, que também já teve concursos públicos adiados.

O resultado é esta medida de manutenção forçada dos veículos e, até assistirmos a uma volta de 180º no modo como se encara estrategicamente o transporte ferroviário - e a sua importância em contexto de crise como meio de poupança dos cidadãos -, continuaremos a assistir ao adiamento do abate destes comboios, alguns já com mais de 50 anos de vida (embora alvo de intervenções), com idas muito frequentes para as oficinas, que implicam reduções de frequência das ligações.

Cabe aos utentes, cidadãos e os seus representantes exigir maior e melhor investimento público na ferrovia para evitar situações como estas em serviços com claro potencial.

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Linha de Cascais com menos comboios até fim de Agosto via Diário de Notícias

CP corta 17 viagens na linha de Cascais no Verão via Jornal de Negócios