
in DN, 2009/09/23
O cabeça-de-lista do PS por Braga, António José Seguro, defendeu hoje em Famalicão o reforço da rede ferroviária no distrito e a construção de uma rede de alta velocidade que sirva os interesses regionais.
Em declarações à Lusa, Seguro defendeu a conclusão de um anel ferroviário entre as quatro cidades do quadrilátero urbano - Braga, Barcelos, Guimarães e Famalicão -, mas construído em articulação com a futura estação do TGV em Braga, "o que constituirá um factor decisivo para o desenvolvimento regional".
No último dia da Semana Europeia da Mobilidade, os candidatos a deputados do PS por Braga dedicaram a jornada à questão dos transportes. A comitiva socialista embarcou no comboio em Braga, depois de uma curta viagem de autocarro até à estação, e, pelo caminho, ouviu Carlos Sá, da Associação Comboios XXI, defender o investimento no comboio.
A viagem terminou em Lousado, junto das relíquias do Museu Nacional Ferroviário, a que se seguiu uma visita à Continental Mabor, a fábrica mais produtiva do grupo alemão de produção de pneus.
António José Seguro sublinhou que concorda, na essência, com a acção da "Comboios XXI" para divulgar o comboio como o meio de transporte de eleição neste século, e, para reivindicar acções concretas que confiram a esse meio "o conforto e a rapidez adequados à satisfação de um crescente número de utentes".
No caso da linha Braga-Porto, pretende-se, principalmente, um encurtamento do tempo de viagens.
Nesse sentido, Seguro manifestou "preocupação pelo congestionamento de tráfego na estação de Ermesinde, com reflexos na linha Porto-Braga" e assinalou "a necessidade de se proceder à melhoria da Linha do Minho a partir de Nine em direcção a Valença".
O candidato recordou que, no capítulo rodoviário, o compromisso assumido pelos socialistas em Braga passa pela conclusão do Plano Rodoviário Nacional, com a conclusão das auto-estradas A7 e da A11, e ainda, pela constituição de uma rede capilar de ligação entre os vários concelhos do distrito.
Seguro escusou-se a comentar temas políticos de actualidade, nomeadamente o chamado "caso das escutas" e o afastamento do assessor do Presidente da República, Fernando Lima.