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07 outubro, 2016

Mais de 4500 utentes queixam-se dos transportes públicos

Só no 1º semestre de 2016 os transportes públicos receberam mais de 4500 reclamações. Dessas, 655 foram endereçadas à CP.

 


Foto: António M.L. Cabral

Entre os meses de janeiro e junho deste ano, os transportes públicos portugueses registaram mais de 4500 queixas, revela em comunicado a Autoridade da Mobilidade e do Transporte (AMT).
O sector rodoviário é o mais penalizado, registando mais de metade do número total de queixas. Já o ferroviário - que inclui o comboio mas também as várias redes nacionais de metropolitano - até nem sai tão mal no retrato.
A Comboios de Portugal (CP) recebeu 655 reclamações, menos do que o Metropolitano de Lisboa (878 queixas) que lidera a lista, e que nos últimos dias tem feito correr muita tinta graças às falhas registadas no sistema de bilhetes em vigor.
Em relação à CP as queixas mais recorrentes prendem-se com "reembolso do valor do título" e o "incumprimento ou não afixação do horário de transporte".
Já no Metro de Lisboa são sobretudo os "elevadores, rampas, escadas e tapetes rolantes estarem fora de serviço" que mais têm desagradado.
No seu todo, o setor ferroviário, segundo números da Autoridade da Mobilidade e do Transporte (AMT), totaliza 1865 queixas. Para além das empresas já mencionadas, surge em terceiro lugar a Fertagus (193); seguindo-se o MTS - Metro Transportes do Sul (84) e o Metro do Porto (55).

Perante este cenário, e a avaliar pelo número de utentes que efectivam o seu descontentamento numa queixa formal, o setor portuário e o fluvial são os que menos têm decepcionado.
O setor portuário regista apenas três reclamações, todas relativas à APS - Administração dos Portos de Sines e do Algarve. A "inexistência ou falta de condições das instalações sanitárias" e a "não resolução de problemas identificados pelos clientes" são as razões.
Cenário bem diferente tem o setor fluvial que recebeu um total de 293 reclamações, distribuídas pela Transtejo (206) e pela Soflusa (87). A mais recorrente prende-se com a "não emissão de fatura ou recibo, com número de contribuinte, no ato da venda do título de transporte"

Pelo contrário, circular de transportes públicos pelas artérias da cidade não parece ser tarefa fácil. Segundo a AMT, o setor rodoviário obteve 2.273 reclamações.
A TST - Transportes Sul do Tejo lidera a lista (com 448), seguindo-se a Carris (257); a Rede Expressos (109); a Transdev (84) e a Vimeca (61). Em sexto lugar está a Scotturb (58), seguida da STCP - Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (49); da Barraqueiro (40); da Eva Transportes (34) e da UTC - União de Transportes dos Carvalho (33). O "incumprimento", a "não afixação de horários" e o "cancelamento do serviço sem aviso prévio" são as principais razões apontadas.



Links Relacionados:
Comunicado da AMT