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05 outubro, 2016

Estação de São Bento faz 100 anos

Assinala-se esta quarta-feira, 5 de outubro, o 1º Centenário da inauguração da Estação Ferroviária de São Bento, no Porto. A Infraestruturas de Portugal (IP) realiza às 16h30 uma cerimónia no átrio daquela que é por muitos considerada uma das mais bonitas estações do mundo.

Poucos minutos depois da uma da tarde de 5 de outubro de 1916, feriado nacional, era oficialmente inaugurado o grandioso edifício da estação central dos caminhos de ferro do Porto.
Uma multidão enchia a praça de Almeida Garrett, olhando com admiração a obra do arquiteto José Marques da Silva (1869 -1947), espantando-se com a sua beleza e o progresso que representava para a cidade.
Cem anos passados, a Estação Ferroviária de São Bento, atual ícone turístico da Invicta, até pode ter perdido para Campanhã o estatuto de estação central, mas volta a ter direito a homenagem.
A Infraestruturas de Portugal (IP) realiza esta quarta-feira uma cerimónia comemorativa, com início às 16h30, no átrio da estação. O Ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques e o Presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, são presenças confirmadas.

Encomendada pela Companhia dos Caminhos de Ferro do Estado, a estação foi construída no local onde, durante quase quatro séculos, funcionou o Convento feminino de São Bento de Avé Maria. As obras (orçadas em 720 contos de réis) começaram nos primeiros anos do século XX, relata a IP em comunicado.
Em 1864, o caminho de ferro já chegava a Vila Nova de Gaia, mas só treze anos depois - e após a conclusão da ponte Maria Pia - terminaria a sua marcha na cidade do Porto.
As linhas e plataformas funcionaram desde 1896. A denominada Linha Urbana do Porto ligava o centro da cidade à Estação de Campanhã, e obrigara à abertura do túnel D. Carlos I, com 757 metros de comprimento.

 O atual edifício veio ocupar uma área de 16 mil metros quadrados e substituir um barracão de madeira, inaugurado em outubro de 1896.
O projeto entregue ao engenheiro Jean-Baptiste Hippolyte de Baère (cidadão belga, radicado em Portugal) pôs fim às vozes que exigiam uma estação central digna da cidade.

Os emblemáticos painéis de azulejos do átrio principal são de Jorge Colaço (1868 – 1942). Pintados no início do século passado (1905 a 1908) foram executados na Real Fábrica de Louça de Sacavém.
"Uma cronologia dos meios de transporte utilizados pelo Homem; vários mitos e quadros da História de Portugal; cenas de trabalho campestre e costumes etnográficos; bem como uma alegoria ao caminho-de-ferro" são elementos aí representados, revela a IP.

Em 2010 e 2011, a extinta REFER realizou um profundo trabalho de restauro desta obra, tendo a intervenção sido distinguida com o Prémio SOS Azulejo 2013 e Prémio Brunel 2014, na categoria Estações, atribuído pelo Grupo Watford.
Valorizar e dinamizar este espaço têm sido apostas-chave da IP, sublinha a empresa. Uma missão que "engloba (...) a preservação do valioso património histórico" e uma "remodelação profunda" que se traduza em "melhores condições de conforto, segurança e de acessibilidades" para utentes e turistas.


. Números e factos

Cerca de um milhão de passageiros utilizam todos os meses a Estação de São Bento como ponto de partida e chegada nas suas deslocações, sejam elas de trabalho ou lazer.
Destas plataformas partem: o serviço urbano ferroviário de passageiros da área do Grande Porto e regiões limítrofes; o regional e turístico de passageiros entre o Porto e o Pocinho, da Linha do Douro, e a ligação internacional a Vigo, através da Linha do Minho. Os serviços regionais que ligam Porto e Braga e Porto e Guimarães também têm aqui o seu ponto de partida. São Bento comunica ainda com a linha D do Metro do Porto e com o serviço rodoviário da STCP.


. Principais distinções:

A Estação de S. Bento (incluindo a gare metálica, os painéis de azulejos e a boca de entrada no túnel) está desde 1997 classificada como Imóvel de Interesse Público.
Está inserida no Monumento Nacional "Centro Histórico do Porto" inscrito na lista "Património Mundial" da UNESCO, listada pela UNESCO em 1996.
Encontra-se abrangida pela Zona de Proteção da "Muralha de D. Fernando e respetivo Miradouro", classificada de Monumento Nacional.
Inúmeras publicações especializadas renderam-se à sua beleza. A revista de turismo "Travel & Leisure" considerou-a uma das estações ferroviárias mais bonitas em todo o mundo. A "Condé Nast Traveler" e a "Flavorwire" atribuem-lhe igual mérito.

12 junho, 2011

Autarcas pedem demissão do Presidente da Refer

Jornal Económico/Lusa 12.06.2011

O executivo da câmara municipal do Entroncamento reclamou a “imediata demissão” do presidente da Refer, Luís Pardal, na sequência de mais uma morte ocorrida hoje na estação ferroviária da cidade.

Ao final da tarde de hoje, um homem de 71 anos foi colhido por um comboio Alfa sem paragem, por não se ter apercebido da sua aproximação.
Os autarcas lamentam o facto de Luís Pardal nunca se ter "dignado sequer a responder aos alertas e apelos feitos" por todos os partidos com eleitos na autarquia, frisando Jaime Ramos que o presidente da Refer nunca quis receber os autarcas.
No comunicado conjunto, os autarcas reclamam os investimentos "necessários, adequados e urgentes exigidos pela falta gritante de condições de segurança" na estação do Entroncamento.

03 maio, 2011

Prejuízos da Refer agravam-se para 146 milhões de euros

in Jornal de Negócios 29.04.2011 Alexandra Noronha

Os prejuízos da Refer agravaram-se para 146,5 milhões de euros em 2010, face aos 120,5 milhões que registou em 2009. Segundo o relatório e contas da gestora de infra-estruturas, que foi hoje publicado, as prestações de serviços da empresa atingiram os 73 milhões de euros, um valor um pouco acima do registado há dois anos, de 71 milhões de euros. A empresa obteve rendimentos de 109,3 milhões e gastos de 207 milhões de euros.

(...)

A empresa reflecte já problemas em financiar-se em 2010. “O total do passivo registou um incremento de 787 milhões de euros, devido essencialmente ao aumento registado no passivo corrente - financiamento de curto prazo” que resulta da necessidade de recorrer a a estas operações para financiar os investimentos, diz a empresa.

Paralelamente, “na sequência das orientações emanadas do Plano de Estabilidade e Crescimento, a Refer reduziu o seu plano de investimentos, para 2011, em cerca de 65%”, adianta a gestora.

06 abril, 2011

Moody’s coloca REFER e CP em nível de "lixo"

in Jornal de Negócios 06.04.2011

A Moody’s cortou o "rating" da Parpública, Refer, RTP e CP, para reflectir a decisão que tomou em relação à notação financeira da República. Os "ratings" destas quatro empresas passaram para um nível considerado de "lixo".

05 abril, 2011

Empresas públicas de transportes têm dívida total de 935 milhões de euros

in Jornal i 04.04.2011 por Claúdia Reis

As empresas públicas de transportes têm de pagar 935 milhões de euros de dívidas com urgência. Neste momento, o endividamento destas empresas é sete vezes superior às receitas e apenas uma delas tem capitais próprios positivos.

Segundo avança o Público, as empresas públicas de transportes estão a apelar às Finanças, em negociações com a banca e em reuniões com os sindicatos para resolver os problemas de tesouraria.

Este mês, a Metro do Porto e a Refer têm de pagar, 100 e 30 milhões de euros, respectivamente. Em Junho é a vez da Carris pagar 74,6 milhões e depois o Metro de Lisboa cujo valor não foi tornado público, sabendo apenas tratar-se de um "grande empréstimo" que tem de ser pago. Quanto à CP, terá de pagar 260 milhões de euros, até ao terceiro trimestre.

Terá sido o valor desta dívida das empresas públicas de transportes a levar a agência de notação financeira Standard & Poor's a cortar mais uma vez o rating de três destas empresas para um nível próximo de "lixo".

Nesse sentido, os bancos já não estão dispostos a conceder empréstimos ou mesmo a renovar linhas de financiamento a estas empresas. José Manuel Rodrigues, presidente da Carris, disse ao Público que chegou-se a um ponto de ruptura e que deixou de haver dinheiro.

Ricardo Fonseca, da Metro do Porto, reconhece as dificuldades financeiras, mas refere que o serviço não se tem degradado e vai mais longe ao afirmar que o Estado avançou com os projectos sem se preocupar se havia possibilidade de os financiar.